Os sintomas podem variar de uma sensação ou nódulo doloroso na palma da mão na região da base dos dedos até ao travamento do dedo acompanhado de um estalido doloroso. Pode acometer qualquer dedo da mão, até mesmo mais de um dedo ao mesmo tempo.
O problema ocorre em um local do sistema flexor dos dedos chamado polia, mais especificamente na polia A1 na base do dedo. As polias são estruturas localizadas nos dedos dentro dais quais os tendões deslizam, normalmente sem nenhum obstáculo, com pouco atrito. Os tendões são estruturas que conectam os músculos do antebraço aos ossos na mão e que deslizam a cada contração muscular promovendo o movimento das articulações. No dedo em gatilho a polia está espessada, portanto o tendão precisa deslizar por um local mais apertado. A compressão do tendão pelas polias faz com que se desenvolva um nódulo, que trava nas polias, causando o bloqueio do dedo. Tal mecanismo é comparado com a tentativa de se passar um fio com um nó através do buraco de uma agulha. Ele travará no inicio e após algum esforço, passará bruscamente.
O paciente muitas vezes localiza o problema no dedo, em sua articulação do meio. É onde se tem a sensação de um movimento brusco já que o tendão aprisionado é responsável pela movimentação desse local. Porém, o bloqueio realmente ocorre na palma da mão, e não no dedo. Às vezes é necessária a ajuda da outra mão para destravar o dedo engatilhado e numa fase tardia o bloqueio pode ser completo. O paciente já não consegue mais esticar o dedo, nem com a ajuda da outra mão.
Não existe uma causa única e na grande maioria dos pacientes não se descobre algo específico. Movimentos repetitivos, como digitar, apertar ou torcer objetos, escrever e carregar peso não são comprovadamente causadores de tenossinovite. O que pode ocorrer é uma piora da dor nos pacientes que já apresentam dedo em gatilho.
O diagnóstico é feito clinicamente, ou seja, ao se examinar o paciente. Exames complementares como ultrassonografia e ressonância magnética podem ajudar.
O tratamento varia para cada caso, mas geralmente é realizado com infiltrações (injeções) locais de corticoide e anestésico e em alguns casos cirurgia para a abertura da polia e liberação do tendão.